Divulgação

Funkeira japonesa Tigarah faz três shows em São Paulo

Usar a batida do funk carioca, com letras politizadas e o espírito “girl power”. Tudo isso em japonês (com algumas frases em inglês). Mistura inusitada? Nem tanto. Este é o estilo de Tigarah, considerada a primeira funkeira (carioca) do Japão e que faz três shows nos dias 2, 3 e 4 de maio no Sesc Avenida Paulista, em São Paulo.

Nascida Yuko Takabatake, Tigarah é natural de Tóquio e é formada em ciência política pela prestigiada Universidade de Keio. Certo dia, numa festa de colegas brasileiros, conheceu o funk e se apaixonou pelo ritmo.

Desiludida com a carreira política, decidiu usar aquela música como uma forma de transmitir sua mensagem, de influenciar o mundo. Suas letras falam sobre a sociedade capitalista, o choque cultural, o poder feminino e, é claro, sobre o Brasil.

Aliás, foi em solo verde-amarelo que o funk começou a tomar forma: em uma viagem ao Rio de Janeiro, a cantora conheceu o DJ Mr. D, que acabaria se tornando seu produtor.

O primeiro trabalho, lançado em sua página do MySpace, fez um sucesso que foi além das fronteiras nipo-brasileiras. Hoje, Tigarah é bastante conhecida na Suíça (terra natal de Mr. D) e nos Estados Unidos.

Confira abaixo a apresentação da música "Roppongi-dori", que conta a história da menina brasileira Matila, que se diverte na rua Roppongi (onde se concentram as festas e baladas de Tóquio), enquanto seus pais trabalham em uma fábrica no interior do Japão. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Repararam nas blusas verde-amarelas? E no escrito "Brasil" e nas estampas de bola de futebol?

Para ouvir as músicas e ver vídeos de Tigarah, visite sua página no MySpace e seu site oficial.

Os três shows em São Paulo marcam o fim do Tokyogaqui, evento que tem como proposta levar o Japão pop moderno e o intimista butô para três andares do Sesc Avenida Paulista.