Londrina celebra imigração com shows e inauguração de praça

No próximo dia 18, será inaugurado o espaço Imin 100 na cidade de Londrina, no Paraná. O local, que está em construção desde o ano passado, para a comemoração do centenário da imigração japonesa, abrirá suas portas com a Expo Imin 100 – evento com encontros, seminários, palestras, shows, exposições e filmes com abordagem de temas nipônicos para um público esperado de 300 mil pessoas.

 

Estão programadas apresentações de bon odori (dança), taikô (tambor japonês), cerimônia do chá, exposição de ikebana, shodo (estilo de poesia), matsuri dance, yosakoi soran, danças folclóricas, bandas marciais, animês, mangás, cosplays, corais, shamisen e karaokê.

Além das manifestações culturais, haverá exposições de trabalhos realizados por entidades científicas, universidades, cooperativas e indústrias nipo-brasileiras. Destaque para o seminário de agronegócios, com sete palestras abordando temas como energia alternativa, tecnologia, sistema de produção, compensação de carbono, plantas medicinais, alimentos orgânicos, entre outros.

  

Ópera Kisetsukan e ensaio com sombrinhas

 

No dia 22 de junho, dia do encerramento das festividades, será inaugurada a Praça do Centenário da Imigração Japonesa, “Tomi Nakagawa”, com a presença do príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, e a expectativa da presença do presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva.

 

Orçada em R$ 2,5 milhões, a praça tem projeto arquitetônico e paisagístico baseado nos jardins japoneses. Um grande monumento comemorativo, criado pelo artista plástico Yutaka Toyota, com mais de 20 metros de altura, é o principal elemento de composição do local que tem capacidade para comportar cerca de 4 mil pessoas. 

O nome escolhido para a praça, Tomi Nakagawa, homenageia uma das imigrantes que chegou ao Brasil no navio Kasato Maru, em 1908, integrando o primeiro grupo de japoneses que desembarcou no Porto de Santos. Ela residia em Londrina até outubro de 2006, quando faleceu, poucos dias antes de completar 100 anos.

Vista da Praça Tomi Nakagawa

 

O Paraná tem hoje a segunda maior comunidade japonesa no Brasil, perdendo somente para São Paulo, com cerca de 150 mil japoneses e descendentes. Os primeiros imigrantes começaram a chegar em 1913 nas regiões de Cambará e Antonina, vindos das fazendas de café do interior do estado de São Paulo.  

 

Foi na década de 30, por conta das companhias colonizadoras como Cia. de Terras Norte do Paraná e Cooperativa de Colonização do Brasil Ltda (Bratac), que os japoneses começaram a migrar e se estabelecer efetivamente no norte do estado participando da colonização de cidades como Assai, Uraí, Arapongas, Londrina, Rolândia e Maringá. 

 

No norte, os imigrantes japoneses iniciaram o trabalho nas lavouras de café e algodão, contribuindo com o desenvolvimento e participando da vida econômica e social da região de forma representativa.  

Hoje, a comunidade nikkei tem a maioria dos integrantes na zona urbana e os que ficaram no campo se dedicam à produção de hortifrutigranjeiros e grãos.

A programação completa com datas e horários está no site www.imin100londrina.com.br e pode sofrer alterações.