Exposição mostra efeitos da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki

O Memorial do Imigrante, em São Paulo, abriga em agosto e setembro uma exposição inédita sobre as bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. A mostra, organizada pelo Memorial da Paz de Hiroshima, vem pela primeira vez à América Latina.

 

“Bomba Atômica – 1945: Hiroshima e Nagasaki” é composta de 58 painéis que ensinam o que é essa arma – a construção, os efeitos e os danos causados nas cidades e nas populações – e de 16 objetos, entre originais e réplicas, atingidos pela explosão. São itens como roupas, relógio e utensílios domésticos que mostram e alertam para ao poder destrutivo dessa arma.

 

A exposição chega ao Brasil por meio de uma parceria entre o Memorial, a Associação das Vítimas da Bomba Atômica no Brasil e a Associação Hibakusha – Brasil pela Paz. Será inaugurada no sábado, dia 2 de agosto, e vai até 7 de setembro.

 

Hiroshima foi atingida pela bomba atômica em 6 de agosto de 1945, às 8h15, e cerca de 75 mil pessoas morreram em conseqüência da explosão e dos incêndios que se seguiram a ela. Calcula-se que cerca de 200 mil pessoas já tenham morrido devido aos efeitos da arma. Hoje, Hiroshima abriga, no epicentro da explosão, um Memorial da Paz, que engloba um parque com monumentos e um museu, próximo à Cúpula da Bomba, a única construção que se manteve de pé. A cúpula é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. 

 

A segunda bomba - mais potente do que a primeira - foi lançada sobre Nagasaki três dias depois, em 9 de agosto, às 11h02. Um terço da cidade foi destruída e 75 mil pessoas morreram.